quinta-feira, 18 de julho de 2013

A metrópole móvel

Perfil migratório de São Paulo é marcado por idas e vindas e pela internacionalização

Já é fato razoavelmente conhecido que a Região Metropolitana de São Paulo não é mais um grande polo de absorção de migrantes internos e externos, papel que desempenhou durante a maior parte do século XX. Na primeira década do XXI houve um expressivo saldo negativo entre os que entraram e os que saíram. Chegaram 100 mil pessoas e partiram 800 mil somente para o interior do estado. O que não é tão conhecido é o novo perfil migratório que esses números, de certa forma, escondem. O fluxo já não se explica pela dinâmica da indústria e do emprego formal que antes atraía novos moradores. A grande novidade é o fenômeno da reversibilidade – ou seja, as permanências tendem a encurtar-se e o movimento se caracteriza por idas e vindas, além dos retornos definitivos.

Descrever em detalhes essas novas configurações demográficas, suas implicações e desdobramentos é a tarefa que se atribui o Observatório das Migrações do Núcleo de Estudos da População (Nepo) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), financiado pela FAPESP e coordenado por Rosana Baeninger, professora do Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), também da Unicamp. O projeto tem uma abrangência cronológica extensa – de 1880 a 2010 – e perspectiva interdisciplinar, o que faz com que novos estudos temáticos, que atualmente totalizam 16, surjam na medida em que as pesquisas avançam.

Fonte: Revista Pesquisa FAPESP, Edição 184 - Junho de 2011


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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Mobilidade populacional e um novo significado para as cidades: dispersão urbana e reflexiva na dinâmica regional não metropolitana

Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais

v. 14, n. 2 (2012)

Mobilidade populacional e um novo significado para as cidades: dispersão urbana e reflexiva na dinâmica regional não metropolitana

Ricardo Ojima e Eduardo Marandola Junior

Resumo: Nas últimas duas décadas, especialmente, a maior novidade no processode urbanização brasileira não vem das grandes metrópoles, que receberam muita atenção emtermos de políticas públicas e sociais, da mídia e de pesquisas acadêmicas desde os anos 1970. O processo de migração rural-urbana de longa distância e a urbanização-industrialização que ajudaram a formar as nossas nove metrópoles clássicas hoje parecem assumir novos contornos. Para realizar tal discussão, partiremos de uma compreensão do papel dos deslocamentos pendularesna urbanização brasileira, explorando os dados mais recentes no que revelam de novidadena última década (especialmente fora das regiões metropolitanas), passando a seguir para uma reflexão sobre suas consequências em termos dos modos de vida e das repercussões na escala do cotidiano urbano, que passa a ter dimensão regional.

Palavras-chave: Dispersão urbana; deslocamentos pendulares; urbanização;migrações; demografia; região.



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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Artigo do Observatório das Migrações Nordestinas é destaque no boletim do Observatório das Metrópoles

Urbanização, migração e sustentabilidade no semiárido nordestino

No artigo “Urbanização, dinâmica migratória e sustentabilidade no semiárido nordestino: o papel das cidades no processo de adaptação ambiental”, Ricardo Ojima questiona as prevalentes visões negativas do crescimento urbano quando vistas pela ótica ambiental, argumentando que contextos territoriais distintos produzem respostas distintas, a exemplo da dinâmica urbana e migratória recente do semiárido nordestino brasileiro, apontando potencialidades e limitações para pensar o processo de adaptação diante do desastre natural mais significativo da região que é a seca.

O artigo “Urbanização, dinâmica migratória e sustentabilidade no semiárido nordestino: o papel das cidades no processo de adaptação ambiental?”, de Ricardo Ojima, é um dos destaques do Dossiê: “Sustentabilidade e Justiça Socioambiental nas Metrópoles”, da Revista Cadernos Metrópole nº 29.

Fonte: INCT Observatório das Metrópoles, 18/06/2013


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